PROFESSORES (AS) RECEBEM HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL O CABO

Ao usar a Tribuna na sessão da Câmara Municipal hoje(16), a Vereadora Ana Selma prestou uma homenagem aos(às) professores(as) do Município, a qual leu para os presentes a Carta alusiva ao Dia do(a) Professor(a), que estará sendo entregue na próxima sexta-feira, na festa comemorativa à categoria, no SESI local.

Leia a Carta na íntegra:

Cabo de Santo de Agostinho, 15 de outubro de 2007.


Caro/a Professor /a

Mais uma vez quero, junto com você, nesta data, celebrar nossas conquistas e reafirmar nossas lutas.

O deslocamento do plano do discurso para a efetiva materialização de que a educação é função vital para o desenvolvimento de uma nação, no que pese esse reconhecimento figurar em documentos e discursos oficias, ainda não foi possível traduzir esse princípio em políticas de valorização do magistério e melhoria da escola pública.

Desde o Decreto imperial de 15 de outubro de 1827 que, entre outras coisas, falava sobre a descentralização do ensino e salário dos professores, até hoje perseguimos essas causas.
Recentemente a Comissão de Educação e Cultura do Congresso Nacional aprovou o Piso Salarial Profissional Nacional que, apesar de não convergir com as bases das proposições apresentadas pelos profissionais da educação, não deixa de representar um avanço, uma conquista, ainda que parcial.

O PSPN, a instituição do FUNDEB e outras iniciativas têm sua importância, mas não conseguem fazer frente ao déficit secular e a dívida que o país tem com a Educação de nossa gente.

Em pleno mundo digital, ainda falamos de algo em torno de 14 milhões de homens e mulheres que não sabem ler nem escrever!

Esses muros que separam e segregam devem ser substituídos por pontes que ligam e fazem fluir. Essa ponte pode ser a Educação; para isso ela deve ser considerada prioridade nos planos de Governos em todos os níveis.
Segundo a UNESCO o problema do Brasil hoje está centrado na qualidade “um quinto das crianças que concluem a quarta série não alcançaram ainda um nível adequado de habilidades de leitura ou de cálculos matemáticos. A repetência e a evasão são comuns”.
Uma rápida observação dos indicadores de nossa Cidade nos revela esse gigante desafio: já considerado baixo no Plano Nacional, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB- representa nas séries iniciais 3,8. Em nosso Município esse índice é de 3. É urgente enfrentar esse desafio para que não coloquemos em risco as gerações futuras.

É você professor/a que tece no dia a dia um sentido de escola que, como diz HORA(2002), “deve procurar a socialização do saber, da ciência, da técnica e das artes produzidas socialmente, deve estar comprometida politicamente e ser capaz de interpretar as carências reveladas pela sociedade, direcionando essas necessidades em função dos princípios educativos capazes de responder às demandas sociais”, por isso deve ser sempre merecedor/a do respeito e do reconhecimento do seu nobre e relevante papel para esta e para as futuras gerações!

Parabéns!

Com carinho,

Ana Selma