8 de Março - Dia Internacional da Mulher: celebrando conquistas e reafirmando lutas!

Comemorações e atos de reafirmações de lutas foram as tônicas do Dia Internacional da Mulher , no Município do Cabo de Santo Agostinho.

As atividades tiveram início no dia 5, quando o Centro das Mulheres do Cabo promoveu um Mutirão sobre os Direitos Humanos das Mulheres, em diversas localidades do Município. A Vereadora Ana Selma esteve presente no Ato da Cohab.

No dia 7, Ana Selma comandou o Programa Passando à Limpo, na Rádio Calheta FM, pelo quarto ano consecutivo. O Programa versou sobre dois temas: "A Mulher no Mundo do Trabalho" e "Conquistas e Lutas das Mulheres". Para contar as experiências e trajetórias nos seus trabalhos, estiveram presentes a advogada, Fabiana Andreza; a dona de casa, Maria Dione; a professora e dirigente sindical, Alcione Muniz e a empresária, Marli Cavalcante. Izabel Cristina Santos e Sandra Rejane, ambas educadoras do Centro das Mulheres do Cabo, trouxeram à tona questões voltadas para a violência e lutas das mulheres.

O Programa contou, também, com a participação do professor e cordelista Luiz Esperantivo que recitou versos alusivos à Mulher.


Ainda no Dia 07, Ana Selma juntou-se à centenas de mulheres cabenses, que ocuparam as ruas da cidade em caminhada, na qual comemoravam vitórias, mas também reafirmavam a disposição de lutar pelos seus direitos ainda não conquistados. Ao final da caminhada, as mulheres fizeram um Ato Público no espaço de lazer do Mercadão.

Encerrando as atividades, a Vereadora Ana Selma participou de um jogo em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no dia 09, no Loteamento Cidade Garapu.

Leia também, o artigo de autoria da Vereadora Ana Selma, publicado no Jornal Tribuna Popular, no dia 10 de março

8 de março dia internacional da Mulher: celebrando conquistas e reafirmando lutas!

[1]por Ana Selma dos Santos

A rebelião promovida pelas mulheres em 1857 reivindicando melhores condições de trabalho foi contida de forma violenta e trágica. A data símbolo comemorada internacionalmente serve como forma de reafirmarmos nossas lutas e dizer que, em nome daquelas companheiras que foram covardemente assassinadas e de tantas outras que cotidianamente são vítimas da violência de gênero, a nossa luta não pode ter trégua!
Temos ao longo dos séculos quebrados paradigmas, superado desafios, alargado nossos caminhos e conquistado direitos mesmo tardiamente como o direito do voto só reconhecido em 1934. Há muito o que celebrar: representamos 41% da população economicamente ativa, em 2005,segundo censo do MEC, 59% das matrículas no ensino médio eram de mulheres e no ensino superior esse percentual sobe para 63% , conquistamos a Lei nº11.340/06 que reconhece a violência de gênero como crime e prevê punições severas aos agressores. Todavia, temos grandes desafios a serem superados. No plano político precisamos ampliar nossa presença nos espaços de decisão, neste lugar os números ainda são tímidos: das 512 cadeiras no congresso nacional temos apenas 46 mulheres, no Senado de um total de 81 representações, 10 estão com as mulheres. No campo da violência contra às mulheres, apesar dos avanços, as estatísticas revelam-se indignas e cruéis: de acordo com a ONU 25% das brasileiras são vítimas constantes de violência no lar, até 29 de fevereiro 59 mulheres haviam sido assassinadas em PE, destas, quatro residiam em nossa cidade. A consolidação das políticas públicas direcionadas as mulheres, sem dúvida, é um forte instrumento na luta pela igualdade de direitos. O nosso Município criou a Secretaria da Mulher em 2007, mas até o momento ainda não foi implantada, considerando ainda o tímido orçamento que a ela foi destinada vamos ter que continuar na luta pela garantia da plena implementação dos direitos e ampliação das conquistas. Inclui-se nesta agenda a implantação da Delegacia da Mulher, anunciada no ano passado que seria instalada no Cabo de Santo Agostinho, e que agora passa por uma nova revisão de critérios nos tirando a garantia de que ela poderá realmente vir para a nossa Cidade.
Fiquemos sempre alertas!
“Nenhum direito a menos, todos os direitos a mais”.

1. Professora e Vereadora