Ana Selma dos Santos (Secretária de Promoção da Cidadania do Jaboatão dos Guararapes)

11 fevereiro 2009

Jaboatão aposta em base de dados municipais
Começa a sair do papel a construção da base de dados da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. O projeto, intitulado “Jaboatão em Números”, será apresentado na próxima segunda-feira (16), durante reunião do colegiado gestor do município, a se realizar no Hotel Barramares, Piedade, de 8h às 18h. A iniciativa é uma ação da Secretaria de Planejamento e Gestão Territorial e engloba o Indicador de Carência de Jaboatão dos Guararapes (ICJG).
Inicialmente, a Prefeitura está levantado o Índice de Carência de diferentes áreas temáticas do município, que possui cerca de 668 mil habitantes. Este indicador é resultado de um trabalho da Secretaria de Planejamento e Gestão Territorial com base em dados do censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco.
De acordo com a secretária de Planejamento e Gestão Territorial, Sheilla Pincovsky, o ICJG vai possibilitar um melhor conhecimento da realidade de Jaboatão e facilitar a elaboração de políticas públicas por parte das secretarias municipais. “A partir do indicador, será mais fácil definir, avaliar e corrigir estratégias e ações municipais prioritárias para o desenvolvimento do município a curto, médio e longo prazo”, afirma.
Ela destaca que entre as principais deficiências da população jaboatonense constatou-se o esgotamento sanitário e o abastecimento d’água. Segundo a secretária, 19 (58,3%) dos 27 bairros do município de Jaboatão estão com suas coberturas de esgotamento sanitário fortemente comprometidas. Um percentual alto se comparado com os números referentes à mesma questão em Pernambuco (56,2%) e na Região Metropolitana do Recife (50,6%). O município perde, apenas, para a Região Nordeste (62,15%).
No quesito abastecimento d’água inadequado, a situação é menos crítica. A maioria dos bairros está com a média menor ou igual à média do município de Jaboatão (7,8%), perdendo para a RMR (4,6%), Pernambuco (17,5%) e região Nordeste (17,5%). O percentual está apenas a 1,2% da média Brasil (6,6%).
O Indicador de Carência de Jaboatão, que varia de zero a um, traça um mapa em sete dimensões sobre as vulnerabilidades das famílias residentes nos 27 bairros de Jaboatão. As dimensões abordadas são: chefes de domicílio que ganham até ½ salário mínimo; chefes de domicílio com menos de 4 anos de estudo; taxa de analfabetismo a partir de 15 anos de idade; domicílios com abastecimento de água inadequado; domicílios com esgotamento sanitário inadequado, taxa de crimes violentos (CVLI) e taxa de mortalidade. Com a média de todos os indicadores, chega-se ao Índice de Carência por famílias e bairros.Das surpresas positivas na construção do Indicador de Carência, merecem destaque os percentuais da taxa de analfabetismo a partir de 15 anos.
O índice de 13,2% alcançado por Jaboatão fica à frente 0,4% a da Região Metropolitana (12,85%) e 0,6% do Brasil (13,6%). No próximo mês, a Secretaria de Planejamento e Gestão Territorial pretende disponibilizar no site da Prefeitura de Jaboatão (www.pjg.com.br) todos os dados obtidos.
TEXTO: Ana Paula Carlini Lins

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